S
|
capítulo trinta e oito
ARVORE DE SICOMORO
abe qual
é a definição de insanidade, loucura? Fazer a mesma coisa duas vezes esperando
resultados diferentes. É engraçado e até um pouco irônico. Não percebi que eu
estava indo pelo mesmo caminho. Fazendo as mesmas escolhas. É engraçado como eu
cometi os mesmos erros. Tanto na vida antes do acidente como na vida que tenho
agora. Acho que sou louco. Somos todos adultos praticando sexo consensual, mas
eu não gostava daquilo. Não queria magoar ninguém, mas é que meu coração
pertence apenas a um homem só.
Foi uma conversa amigável. Pensei que seria pior, mas até ele entendeu
que não havia espaço suficiente para todos nós. Todos devíamos ter pensado duas
vezes antes de embarcar nesse trem. Ainda bem que ainda temos uma outra chance.
Não é tarde demais. Desci ás escadas e fui até a cozinha. Peguei o bloco de
notas e escrevi um recado para ele. Quando ele acordasse ele com certeza iria
até a cozinha. Deixei o bilhete e coloquei na geladeira. Chicago é o meu
próximo destino.
Capítulo 37: Déjà Vu | Conto: Deus Americano
capítulo trinta e sete
deja vu
A
|
noite passada tinha sido maravilhosa. Senti
saudades dos meus maridos e foi bom fazer amor com eles. No fim decidimos viver
em Los Angeles. Levaria um tempo até organizar tudo, vender a nova casa e
comprar uma nova em Los Angeles, mas Ralf e Derek tinham concordado então já
era meio caminho andado. Fiquei tão cansado da noite passada que dormi até
quase onze horas da manhã. Abri os olhos e vi que não estava sozinho na cama.
Ralf e Derek ainda dormiam. O relógio marcava quase onze horas da manhã. A
primeira coisa que eu pensei foi na minha bunda. Na noite passada eu fui dormir
com a bunda bem dolorida. Como se alguém tivesse passado pimenta nela. Estava
ardendo muito devido a dupla penetração que fiz com Ralf e Derek. Para a minha
sorte já não doía como na noite passada.
Capítulo 36: Eu Amo Los Angeles | Conto: Deus Americano
capítulo trinta e seis
EU AMO LOS ANGELES
D
|
urante e
depois do jantar eu meio que tentei evitar Gray. Ele e Griffin parecem ter se
entendido e eu não queria me intrometer. Eu só vou ficar o fim de semana porque
eu prometi a Gray. E por mais que me doa eu já tinha me decidido. Não iria mais
voltar. Aquela vida não era minha. Aquela não era a minha história. Acho melhor
cada um seguir com sua vida. É bom saber que a busca por meus familiares
biológicos tinham acabado já que foi por causa dessa procura que eu sofri o
acidente que me fez perder a memória. Acho que Gray também tinha tirado um
grande peso de sua consciência sabendo que eu estava bem. Que tinha sido criado
em uma família amorosa. Pelo menos em teoria. Eu tive um pai que me amou.
Capítulo 35: Último Adeus | Conto: Deus Americano
capítulo trinta e cinco
ULTIMO ADEUS
P
|
aciência
e perseverança tem o efeito mágico de fazer as dificuldades desaparecerem e os
obstáculos sumirem. As pessoas reclamam que a vida nunca lhe deu uma segunda
chance. Se pararmos para pensar na verdade percebemos que a vida já faz mais do
que muito dando uma primeira chance. Quanto mais eu tento ter uma vida normal
mais coisas acontecem tentando me puxar para baixo. Reconheço que perdi muitas
pessoas para sempre. Meu pai morreu tentando me dar uma segunda chances e
muitas se foram por não terem me dado
uma segunda chance como a minha mãe, Bonnie. Outras pessoas que estiveram em
minha vida se foram por não ter aproveitado as inúmeras chances que me deram. É
engraçado como a vida opera. Quando você menos espera, você ganha uma segunda
chance.
Capítulo 34: Pegasus | Conto: Deus Americano
capítulo trinta e quatro
PEGASUS
O
|
fim de semana na casa de Luke tinha sido
maravilhoso. Era como se algo tivesse se acendido dentro de mim. Como se uma
luz tivesse sido acesa dentro de mim. Foi bom desabafar. Foi bom contar para
Ralf e Derek o que tinha acontecido entre meu pai e eu na noite anterior á sua
morte. Foi a última noite que passamos juntos, a última noite em que estivemos
juntos. Não foi como pai e filho. Foi algo
mais e eu me arrependo. Estava pronto para essa nova fase da minha vida.
De uma certa forma eu sentia que tinha sido recompensado pelo universo por
todas as merdas que eu passei. Eu não tinha só um, mas dois homens. Ralf e
Derek.
Capítulo 33: Sete Formas de Medo | Conto: Deus Americano
capítulo trinta e três
SETE FORMAS DE MEDO
O
|
dia em que eu mais temia no fim das contas tinha
acontecido. Meu pai Leon e eu fomos para acama. Foi inevitável e uma coisa
levou a outra. Foi um dia antes de Ralf chegar á Miami. Foram algumas horas
antes de meu pai ser morto por um dos atiradores naquele massacre. Eu me lembro
do dia e eu sinto que decepcionei meu pau. Nós nem tivemos tempo de conversar.
Nós não tivemos a chance de nos acertar. O fato dele ser meu pai adotivo não
muda o fato ode que ele é meu pai. Adotivo ou não Leon é meu pai e eu o forcei
a fazer aquilo e em alguns momento eu me arrependo amargamente.
Capítulo 32: Entre Dois Soldados | Parte V | Conto: Deus Americano
capítulo trinta e dois
ENTRE DOIS SOLDADOS |
PARTE V
E
|
stávamos
todos prontos para o passeio de iate. Derek e eu saímos da piscina, nos secamos
e vestimos roupas confortáveis. Ralf vestiu uma camiseta e Lea estava com seus
óculos escuros prontos para o passeio. Decidi que o passeio de iate seria o
momento ideal para conversar com Ralf sobre o futuro do nosso relacionamento.
Não seria um fim, mas um novo começo. Eu queria Derek. Acabei desenvolvendo um
certo carinho por Derek devido a história de vida dele. Eu sei como é não ter
ninguém. Eu gosto dele da mesma forma que gosto de Ralf. Nunca pensei que fosse
possível amar dois homens ao mesmo tempo, mas acho que posso chegar lá. Laila e
Ursula decidiram não ir ao passeio.
Capítulo 31: Entre Dois Soldados | Parte IV | Conto: Deus Americano
capítulo trinta e um
ENTRE DOIS SOLDADOS |
PARTE IV
A
|
noite tinha sido maravilhosa e reveladora.
Nunca pensei que isso realmente ia acontecer, mas Ralf fez de tudo para que
acontecesse e eu agora que estávamos os três na mesma cama eu tenho que
agradecê-lo. Eu nunca faria nada que o magoasse, mas o que aconteceu ontem a
noite foi mágico, foi maravilhoso. Eu não tenho palavras para descrever como as
coisas aconteceram. Acho que o nosso único erro foi não ter usado camisinha. Se
Ralf e eu vamos fazer essas “festinhas” de vez em quando nós precisamos estar
preparados. Não sei como vai acontecer de agora em diante. Se acontecer de novo
ou não eu estou feliz por Ralf ter feito isso por mim.
Capítulo 30: Entre Dois Soldados | Parte III | Conto: Deus Americano
capítulo trinta
ENTRE DOIS SOLDADOS |
PARTE III
E
|
stava
puto com Ralf. Era bom ele ter uma boa explicação para justificar o sumiço.
Como ele tem coragem de simplesmente sair de carro e não me avisar? Ele não
atendeu o celular o que significa que estava fazendo algo errado. Não sei bem o
que pensar só que enquanto todo mundo estava namorando e aproveitando aquele
começo de noite eu estava sozinho olhando para o nada tentando convencer todo
mundo de que tudo estava bem. Está certo que eu estava um pouco distraído, mas
eu recebi as filmagens de Jeremy e a mãe de Ralf confessou que foi ela quem me
deu o veneno. Tudo para que Ralf e eu ficássemos juntos. Eu tinha o direito de
estar um pouco distraído. Ver Kevin e Bryan fazendo sexo não me ajudou a
clarear a mente.
Capítulo 29: Entre Dois Soldados | Parte II | Conto: Deus Americano
capítulo vinte e nove
ENTRE DOIS SOLDADOS |
PARTE II
A
|
comida estava deliciosa. Randy, Ellen e Julia
realmente capricharam na refeição. A mesa estava barulhenta. Todos sentados
comendo e conversando. Ao meu lado direito estava Ralf, do meu lado esquerdo
estava Ursula. Eu conversava com Lea que estava sentada de frente para mim. Era
basicamente um banquete. Sentia como se estivesse na ação de graças. Pessoas
que não se conheciam direito confraternizando por um motivo em comum. Era bom
estar rodeado de pessoas que queriam o bem uma das outras. Passei o purê de batatas
para Laila e Ursula colocou um copo com suco para mim.
Capítulo 28: Entre Dois Soldados | Parte I | Conto: Deus Americano
capítulo vinte e oito
ENTRE DOIS SOLDADOS |
PARTE I
O
|
sexo tinha sido maravilhoso. Me sentia muito
feliz por Ralf e eu termos nos aberto quanto ao que nós gostamos na cama.
Sentia que agora nós estávamos evoluindo como um casal. Eram passos de bebê,
mas já era alguma coisa. Estava no banheiro tomando um banho demorado para ir
até a casa de Luke. Confesso que no começo eu não queria ir, mas depois de
fazer amor com Ralf e receber a ligação de Gray eu me animei. Enquanto tomava
meu banho Ralf por sua vez já tinha saído de dentro do box e agora estava de pé
em frente ao espelho do banheiro aparando a barba com uma tesoura. Ele estava
apenas de toalha deixando a barba bem aparada.
Capítulo 27: Ralf Mandão | Conto: Deus Americano
capítulo vinte e sete
Ralf MANDAO
“N
|
ão
deverão gerar filhos quem não quer dar-se ao trabalho de criá-los e educá-los”.
Foi Platão quem disse isso eu não podia concordar mais. Ele disse e eu
concordo. Uma pessoa que não quer ter um filho deve estar ciente de que não é
apenas esperma, óvulo… é uma vida. “Os exames indicam que Gray é seu pai
biológico”. Essas palavras se repetiam em minha cabeça todo esse tempo. A vida
é engraçada. Encontramos aquilo que não procuramos e os nossos maiores desejos
continuam perdidos. Não quero enganar ninguém. Eu tive um pai e o nome dele foi
Leon Rutherford Loudorn. Não preciso de
outro pai.
Capítulo 26: Pedaço de Mim | Conto: Deus Americano
capítulo vinte e seis
PEDACO DE MIM
E
|
stava
alguns apenas alguns passos de distancia de receber o meu novo rim. Meu corpo
já não estava se dando muito bem com o órgão que até o momento presente me faz
vomitar sangue e ficar amarelo. Pelo o que a Dra. Columbus me disse eu estava
com Insuficiência Renal Crônica. Então essa é a minha última chance. Se eu não
receber esse rim logo eu estarei onde meu pai está. Essa vida de ficar de
hospital em hospital não é para mim. Acho que nunca precisei tanto de hospitais
como nos últimos meses. Espero nunca mais precisar.
Capítulo 25: Todo Mundo Se Machuca | Conto: Deus Americano
capítulo vinte e cinco
TODO MUNDO SE
MACHUCA
E
|
m uma
escala de um a péssimo esse tinha sido o pior dia da minha vida. Era difícil
não pensar no que Lea passou nas mãos de nosso tio Teddy. Que tipo de homem
pervertido faz isso com uma criança? Que tipo de homem abusa de um autista e
depois o empurra na piscina para encobrir os vestígios? Aquela revelação com
certeza tinha afetado á todos e Ralf com certeza não conseguiu esconder o
quanto aquilo tinha afetado. Lea parecia um pouco chateada. Ter contado tudo
aquilo com certeza trouxe as lembranças de volta á flor da pele. Não via a hora
de fazer essa cirurgia e acabar com aquela dor que eu sentia. Era física e
emocional. Me sentia um imprestável naquela cama de hospital.
Capítulo 24: Monstro do Armário | Conto: Deus Americano
capítulo vinte e quatro
MONSTRO DO ARMARIO
HIV
|
. Não
tinha escolha. Era viver ou morrer e sinceramente eu prefiro viver com o HIV do
que morrer. Ter HIV não significa ter AIDS. No mundo de hoje ainda existe esse
preconceito. Eu posso viver com o vírus por anos e estar sempre acompanhando
com o médico. E com o PEP sexual Ralf pode diminuir bastante as chances dele
também pegar o vírus. No fim das contas eu não queria admitir, mas sentia muita
falta de minha mãe. Sabe quando você está passando por um momento difícil em
sua vida, está triste, parece que o mundo conspira contra você, mas você tem
aquela pessoa com quem você pode contar? Minha mãe com certeza não é essa
pessoa, mas ela é da família. Não entendo porque ela tinha mudado tanto comigo.
Capítulo 23: Seringas do Inferno | Conto: Deus Americano
capítulo vinte e três
SERINGAS DO INFERNO
A
|
espera era infernal. A lista era imensa e
mesmo assim eu não podia perder as esperanças. Não é possível que depois de
tudo o que eu passei eu vou morrer na fila de espera esperando por um
transplante. Estava a duas semanas naquela droga de hospital esperando a morte.
Literalmente. Seis horas do meu dia eu passava sentado junto de outras pessoas
fazendo diálise. Se eu não fosse as sessões de diálise eu teria insuficiência
renal e com isso meus órgãos iriam parar e eu teria uma falência múltipla de
órgãos. O que isso significa? Adeus Max.
Capítulo 22: Até Que A Morte Nos Separe | Conto: Deus Americano
capítulo vinte e dois
ATE QUE A MORTE NOS
SEPARE
E
|
stava
cansado e com sono, deitado sob o peito de Ralf, tocando seu corpo, sentindo
seu calor e seus músculos, seus braços fortes envoltos em mim. Dormi
tranquilamente sentindo seu corpo sobre o meu. Agora era eu quem estava por
cima de seu corpo. Sua respiração no topo da minha cabeça fez eu me sentir
seguro. De algum forma aquilo me relaxava. Saber que ele estava tão perto de
mim, mas ao mesmo tempo tão distante. Não queria esperar por Ralf para sempre,
mas eu também não quero perde-lo. Vou tentar não pensar no futuro. Vou tentar
me concentrar no momento de agora. Dentro dessas quatro paredes Ralf é só meu e
de mais ninguém.
Capítulo 21: Meu Soldado | Conto: Deus Americano
capítulo vinte e um
MEU SOLDADO
N
|
em em um
milhão de anos eu iria imaginar que meu pai tinha um irmão gêmeo. Ainda estava
surpreso e aos poucos o susto que levei ia desaparecendo. Eu sinceramente achei
que o remédio fosse o culpado e que eu estivesse tendo uma alucinação. Gostei
muito dele ter aparecido. Meio que faz a dor de ter perdido um pai diminuir um
pouco. Era uma dor que nunca acabava. Ainda estava um pouco chateado em relação
ao casamento de Ralf e Kyara. Tenho certeza de que o país ficaria feliz em
saber que o seu precioso ‘Deus’ voltou para casa e estava prestes a se casar,
mas não eu. Era dolorido ver que apesar de me querer ele estava seguindo em
frente.
Capítulo 20: Alice | Conto: Deus Americano
capítulo vinte
ALICE
M
|
eu
coração batia rápido. Ainda estava em choque com o noticiário. Ava tinha
perdido os dois olhos graças ao um ladrão de órgãos. Não pude evitar de me
sentir culpado. Afinal eu tinha desejado que algo de muito ruim acontecesse com
ela. Por outro lado eu estava nervoso pelo o que aconteceu nas escadas. Tenho
quase certeza de que o pai de Ralf nos viu. A expressão dele não era a mesma.
Ele parecia surpreso, chocado e eu me atrevo a dizer que até um pouco chocado.
As horas se passaram e eu continuei trancado dentro do meu quarto. Não tinha
coragem de sair e encarar Randy. Não tinha coragem de sair e encarar Ralf. Era
tanta coisa em minha mente nesse momento, não dava para descrever nem escolher com o que eu ficaria preocupado.
Capítulo 19: Olho Por Olho | Conto: Deus Americano
capítulo dezenove
OLHO POR OLHO
A
|
bri os
olhos e me senti estranho. Era como se tivesse apenas piscado. Era sempre muito
rápido. Era como dormir. Acima de mim eu vi Rupert. Olhei em volta procurando
pelo Dr. Bryan e vi que ele estava diferente. Não era o mesmo homem de quando
dormi na minha primeira sessão. Ele era diferente. Completamente diferente para
ser mais exato. Respirei fundo e movi os braços, as pernas e consegui me mover.
Me sentei no sofá e limpei os olhos. Cada sessão eu sentia algo diferente.
- como você está? – perguntou Rupert.
Capítulo 18: Os Verdadeiros Personagens | Conto: Deus Americano
capítulo dezoito
OS VERDADEIROS
PERSONAGENS
A
|
penas uma
noite. Esse era meu plano. Passar uma noite tranquila na casa de Ursula, mas
nem isso eu consegui. Já estava sendo uma barra ter que tratar Ralf como se fosse
um estranho e agora eu tinha que lidar com lembranças as quais eu nem tinha.
Justin veio até a casa de Ursula e mexeu comigo. Me contou um monte de coisas
sobre mim e agora eu não sabia que se acreditava. Não duvido do que ele me
contou, mas eu não sei qual é a real intenção dele. Espero que Justin não
esteja esperançoso que eu sinta algo por ele porque eu não sinto absolutamente
nada além de repulsa. Tenho repulsa até por eu mesmo.
Capítulo 17: Revelação | Conto: Deus Americano
capítulo dezessete
REVELACAO
U
|
ma puta
manhã estressante. Era a única forma de descrever a forma que eu comecei o meu
dia. Meus planos não incluíam correr para o psicólogo por não ter reconhecido
os rostos a minha volta. Ralf ficou estranho comigo até depois do almoço. Ele
me tratava diferente quando Kyara estava por perto. Ele parecia distante, não
conversava comigo direito e nem olhava direto para mim. Aquilo me irritava
demais. Ralf não podia brincar com meus sentimentos desse jeito. Não gostava de
ser bem tratado pelas costas, mas pela frente ser tratado com indiferença.
Ursie foi embora porque tinha “planos”. Foi assim que ela me descreveu
seu dia. O almoço foi silencioso. A manhã tinha sido bem estressante para todos
e eu estava um pouco envergonhado com aquela situação. Assim que todos
almoçaram eu fui até a pia lavar as louças.
Capítulo 16: Nem o Diabo Te Reconheceria | Conto: Deus Americano
PARA ACESSAR A PÁGINA DE PERSONAGENS ACESSE A GUIA 'PERSONAGENS +' NO ALTO DA PÁGINA OU CLIQUE AQUI.
capítulo dezesseis
NEM O DIABO TE
RECONHECERIA
H
|
avia uma
chuva bem fraquinha caindo lá fora. O suficiente para esfriar bastante o clima.
Encarando o teto eu tentei arranjar um motivo para levantar. Era o sétimo dia.
Faz sete dias que meu pai tinha sido enterrado. Meu Shivá tinha terminado. Não
sei bem se a religião era algo importante para mim antes do acidente, mas
decidi respeitar os sete dias em respeito ao meu pai. Ele parecia ser ligado a
origem judaica. Durante esses sete dias eu não conversei com ninguém. Não tomei
banho, não liguei e nem atendi telefonemas e eu mal comi. Devo ter perdido unas
três quilos todos esses dias.
Em parte eu fiz isso para seguir a tradição, mas eu também não tinha
apetite. Fiquei basicamente sete dias trancado no quarto. Kyara deve ter ficado
feliz com isso. Ela não parecia gostar muito de mim e me ver praticamente trancado
no quarto o dia todo deve ter deixado ela feliz. Ela passava muito tempo na
casa de Ralf, mas era compreensível já que eles tinham um relacionamento.
Capítulo 15: Nada se Compara | Conto: Deus Americano
capítulo quinze
NADA SE COMPARA
M
|
e lembro
daquele dia como se fosse ontem. Tinha chegado da escola. Tinha nove ou dez
anos não me lembro bem, acho que foi no dia do acidente. Eu tinha nove anos,
então foi definitivamente no dia do acidente. Naquele dia meu pai deveria ter
ido me buscar no colégio, mas ele não apareceu então o pai de um colega me
deixou em casa. O caminho até a porta de entrada parecia longo demais. A
mochila era pesada nas minhas costas, mas caminhei avidamente. Ao chegar na
entrada meu cachorro não apareceu. A última vez que eu o vi foi de manha quando
ele latia e chorava.
Capítulo 14: Messias | Conto: Deus Americano
PARA ACESSAR A PÁGINA DE PERSONAGENS ACESSE A GUIA 'PERSONAGENS +' NO ALTO DA PÁGINA OU CLIQUE AQUI.
capítulo quatorze
MESSIAS
A
|
ntes de
ir para a casa da família de Ralf nós fomos até o hotel onde eu estava
hospedado. Eu esperei no carro com Ursula enquanto Ralf pegou minha chave e
subiu até meu quarto. Ursula estava em silêncio no banco do motorista e eu
estava em silêncio no banco de trás. Doía muito pensar que não veria meu pai
uma última vez. Estava chateado por minha mãe não querer que eu estivesse no
velório e no enterro, mas por mais que me doa eu não pretendo ir. Não quero
estar lá se eu não serei bem recebido e eu provavelmente vou causar um mal
desnecessário.
Continuamos em silêncio por um tempo. Percebi que o dia seria bem quente
ao ver o sol queimando lá fora. Algum tempo se passou e Ralf voltou com uma
mochila nas costas.
- pegou tudo?
Capítulo 13: Mundo Afogado | Conto: Deus Americano
PARA ACESSAR A PÁGINA DE PERSONAGENS ACESSE A GUIA 'PERSONAGENS +' NO ALTO DA PÁGINA OU CLIQUE AQUI.
capítulo treze
MUNDO AFOGADO
S
|
eis dias.
Seis dias preso naquele hospital. Seis dias preso em um inferno dentro da minha
mente. Seis dias sem visitas, porque eu não queria ver ninguém. Seis dias e
eles ainda não tinham liberado o corpo das vítimas para o velório. Meu pai
estava morto e tudo o que eu queria é que ele descansasse em paz. As únicas
pessoas que eu queria ver era minha mãe Bonnie e minha irmã Lea, mas elas não
tinham vindo me visitar. Não entendo o porque delas terem me abandonado logo
nesse momento. Meus olhos ainda estavam inchados. Fazia três noites que não
dormia. A última conversa que tive com meu pai se repetia em minha cabeça. Eu
queria tanto ter dito coisas diferentes. Ter dito algo como “eu te amo” ou “não
podia ter pedido por um pai melhor.”
Era estranho sentir aquilo pelo homem que eu nem me lembrava direito,
mas era um bom sinal. Algo dentro de mim sabia que ele eram meu pai mesmo que
eu o tenha conhecido á pouco mais de um mês eu já sentia aquele amor de pai e
filho e não outro sentimento confuso. O que me reconforta é que os terroristas
tinham sido mortos. Mereceram cada tiro que levaram. Não sei bem se isso é algo
bom ou ruim já que eles esperam por setenta e duas virgens.
Capítulo 12: Massacre | Conto: Deus Americano
capítulo doze
massacre
Q
|
uase
nunca pude relaxar, quase nunca pude apenas me sentar e deixar a luz do sol
entrar. Tudo o que queria era poder me sentar em um lugar, relaxar, deixar a
luz do sol queimar em minha pele, mas sempre foi difícil me sentir como se eu
pertencesse á algum lugar. Tudo o que eu queria era poder me sentir feliz.
Dizem que tenho todas as ferramentas para ser feliz, mas porque não me sinto
assim?
Nunca saí muito. nunca fui aquele ao qual as pessoas ligavam para pedir
minha companhia. Acho que as pessoas tinham pena de mim pelo o que tinha
acontecido e elas não me viam como uma pessoa, mas como algo inanimado no mundo
que existe apenas para fazê-las se sentir bem consigo mesmos. Poucas eram as
pessoas que me viam como um ser humano. Meu pai era uma das poucas pessoas que
me conhecia de verdade.
Seguidores
Contato
CAPÍTULOS MAIS LIDOS DA SEMANA
-
SE VOCÊ NÃO ME AMA capítulo dezessete H avia chegado a quarta-feira. Estava mais do que ansioso para saber p...
-
TRES cavalo de vidro O resto da semana foi um porre assim como o começo dela. Eu odiava quando Gray ...
-
DOIS ameaças G ray estava certo. Eu precisava me v...
-
CAPITULO UM MALDITO PACTO COM O DIABO E stava deitado naquela cama dura e desconfortável. Aquele frio la...
-
CAPITULO TRES MALDITA NOITE DE NUPCIAS N ão era Las Vegas, mas Clyde e eu tivemos um casamento de Las Vega...
-
DESCULPE ADAM capítulo vinte e um A s seis da manhã Craig e eu pegamos os nossos celulares e entramos no Porsch...
-
QUERIDO FUTURO MARIDO capítulo vinte e dois D e volta a vida o que ficou para trás parecia surreal. Quando acor...
-
PROLOGO O chão sob os meus pés parecia se desfazer lentamente enquanto eu caia em um enorme buraco sem fundo. A escuridão ao meu r...
-
Capítulo 6 DIA 7 — 08 h 40 min ás 09 h 33 min U ma das melhores coisas que nos tinha acontecido foi serm...
-
XL Cruel Elefante E stava ansioso. Sentado naquela poltrona esperando que chamassem o meu nome. Minha boca ...
Minhas Obras
- Amor Estranho Amor
- Bons Sonhos
- Bruto Irresistível
- Crônicas de Perpetua: Homem Proibido — Livro Um
- Crônicas de Perpetua: Playground do Diabo — Livro Dois
- Cruel Sedutor: Volume Um
- Daddy's Game
- Deus Americano
- Fodido Pela Lei!
- Garoto de Programa
- Paixão Secreta: 1ª Temporada
- Paixão Secreta: 2ª Temporada
- Paixão Secreta: 3ª Temporada
- Paixão Secreta: 4ª Temporada
- Paixão Secreta: 5ª Temporada
- Paixão Secreta: 6ª Temporada
- Paixão Secreta: 7ª Temporada
- Príncipe Impossível: Parte Dois
- Príncipe Impossível: Parte Um
- Sedutor Maldito: Volume Dois
- Verão Em Vermont
Max Siqueira 2011 - 2018. Tecnologia do Blogger.
Copyright ©
Contos Eróticos, Literatura Gay | Romance, Chefe, Incesto, Paixão, Professor, Policial outros... | Powered by Blogger
Design by Flythemes | Blogger Theme by NewBloggerThemes.com